segunda-feira, 19 de outubro de 2020

HISTÓRIAS DA VARIG - SERVIÇO DE BORDO - OS FORNOS DAS GALLEYS

 

LOCAL GALLEY–TEMAFORNOS DOS AVIÕES-EQTOS VARIADOS

 

ANOS 70 EM DIANTE Os fornos dos aviões merecem um capítulo a parte, pois no início eram de simples manuseio, com um timer e três botões de temperatura. Em jatos como o B-727, onde eram poucos fornos, nós  tínhamos que fazer uma operação de trocas de insert (nome dado a grade que ficavam as comidas, alojadas em arcopais de vidro, início dos anos 70 em diante, só mudando para arcopais de alumínio nos anos 90 em diante, mais leves e seguros, mas os fornos continuaram os mesmos, sempre com um timer e um botão de temperatura), onde se não fossemos rápidos e eficientes, a comida chegava fria ao passageiro,além é claro, de sempre nos queimarmos. Mas com a chegada do B.777, os fornos mudaram, tinha-se que programar tudo antes, acabou-se o botão do timer, era tudo digital, e alguns colegas simplesmente não conseguiam ligar o forno. Como não podia deixar escapar segue uma história muito engraçada, mas que realmente aconteceu com um colega em instrução e os fornos;

PERDÃO, MAS ACHO QUE QUEIMEI UMAS COMIDINHAS 

Um comissário que virou lenda na Varig, boa praça, calmo (até demais) sempre sorridente, mas que infelizmente não levava jeito algum para voar, já que o ritmo a bordo era completamente outro do modo de vida do Corradim. Seus problemas começaram na instrução, onde seu instrutor que estava dando instrução para ele, e não aguentando o jeito do seu aluno, foi até a gerência da época , e pediu para trocar de aluno, pois não tinha como ensinar nada para ele. Ai apareceu a figura do grande Iloir, que foi com a cara do Corradim e por pena disse ao gerente que dava instrução para ele, mas que precisaria de uns 3 meses de instrução até ele aprender tudo. Dito e feito, voaram fixo por vários voos , e em um voo para Recife voo 330 RG, avião lotado um b.727 com 117 passageiros, o Iloir deixou o Corradim dentro da Galley do avião cuidando e checando o serviço, enquanto recepcionava os passageiros, em um dado momento, com um cheiro forte de queimado vindo da galley, o Iloir pergunta ao Corradim o que houve? E o nosso personagem prontamente respondeu: nada não, acho que queimei algumas comidinhas e Iloir perguntou: ¨Quantas??¨ então o  Corradim respondeu com a maior calma: ¨ umas 117 comidinhas somente , oras era o total do serviço, e não havia mais tempo para repor, o jeito foi os passageiros comerem somente a bandeja com os frios, um voo da fome, graças ao Corradim.

 VOAR UM GRANDE LANCE . HISTÓRIAS DA AVIAÇÃO.







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