AS JARRAS E BULES DAS GALLEYS
Nas Galleys dos aviões usávamos jarra inox, a qual cabia em média 2 litros de líquidos nelas, quebravam um galho no serviço, pois colocávamos sucos e líquidos quentes nelas, já que com o passar dos anos o serviço de bordo foi simplificando e os sucos servidos durante o jantar eram servidos em suas próprias caixas dispensando as jarras, e águas nas garrafas, fazendo com que as jarras não fossem tão utilizadas na classe Econômica, sendo somente no serviço de café da manhã, e com o tempo foram substituídas por umas de acrílico, mantendo as de inox somente para as classes executiva e primeira classe.
Lembro-me que nessa época o serviço de almoço era completo com copos de vidro, passe e repasse, e no final a bandeja de cafezinho. Uma bandeja inox redonda em pano branco, onde acomodávamos umas 30 xícaras de plástico e, na galley traseira do B-737 naquele remexo todo, tínhamos que encher as xícaras sem derramar um pingo sequer na toalha. Confesso que no início era difícil, mas com o tempo, e graças ao bule, conseguia encher rapidamente no meio da turbulência sem derramar uma gota na toalha, pois a borda do bule era meio curva. Macetes que aprendemos com o tempo de voo.
Como sempre, uma pequena historinha de jarras e comissários, que aconteceu uma vez comigo, quando ainda voava na rede nacional, anos 80, voávamos B.737 o Breguinha, etapas curtas, com serviço de suco, água e café, sendo que avião lotado, trechos curtos, em baixa altitude, sinônimo de turbulência, e tínhamos que fazer o serviço sair. Um dos macetes que usávamos para ganhar tempo era encher as jarras com suco e gelo, umas quatro, e deixa-las em um compartimento da galley, para depois da decolagem usar para o serviço, o problema, foi que esquecemos, de que o B.737 sobe rápido e bem inclinado, e nesse voo, o colega encheu demais as jarras, na decolagem, não deu outra, a galley ficou toda melada com suco, sem condições para trabalhar, pois, tudo melava e grudava, e não preciso dizer que tivemos que cancelar o serviço de suco e só oferecer água e café, até parecia que já estávamos adivinhando como seria o serviço de bordo no futuro, com tudo simplificado.
VOAR UM GRANDE
LANCE. HISTÓRIAS
DA AVIAÇÃO.





Kkkkk imagino a cena!!!��������
ResponderExcluirUma amiga foi comissária da VASP. Disse que era obrigada a abrir a garrafa de vinho na frente do passageiro, mostrar o rótulo, etc (como se fosse um restaurante). Uma vez, na Ponte Aérea, ela resolveu agilizar... e abriu antes da decolagem todas as garrafas que seriam servidas durante o vôo. A atitude foi considerada tão grave, que ela teve que ir pessoalmente à SP num dia de folga, pra se justificar com a Diretora das Comissárias...
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