sexta-feira, 12 de março de 2021

HISTÓRIAS DA VARIG - O MODERNO E SOFISTICADO BOEING 777

 

EQTO B-777 –DATA ANOS 2000

Lembro até hoje do dia que entrei neste avião, quanto conforto, avião grande, com tecnologia, muito sistema novo, até então que não estávamos habituados. A poltrona da FC era um caso a parte, até manual precisava pra mexer nela, sistema de som, e vídeo, com videogames e tudo. Um luxo. E o avião não era ruim de trabalhar, muito espaçoso, silencioso, tudo a mão, gostei do avião e dos voos, Londres, Paris, Milão, enfim a nata da Varig. Cada classe oferece várias opções de entretenimento dificilmente encontradas mesmo entre outros

operadores Boeing 777. As surpresas começam nos equipamentos de vídeo interativos, monitores e telefones individuais e terminam com o acesso à internet — disponível a bordo de apenas três outras companhias aéreas. O sistema vídeo/•áudio digitalizado È interativo e oferece dez canais de filmes ou de jogos eletrônicos e 12 canais de som estéreo. Os modernos fones do tipo "controle ativo"que elimina o ruído externo. O acesso à internet (provedor Tenzing) permite ao passageiro ligar seu laptop ao sistema de entretenimento e as ligações telefônicas podem ser feitas da própria poltrona. Viajar acima dos 10.000metros a mais de 950 quilômetros por hora dentro de uma cabine ampla, silenciosa, bem ventilada, com as excelentes opções de •áudio, vídeo, mais acesso à internet, jogos e até e-mail, todo esse prazer de voar foi possível inicialmente na rota Rio-São Paulo-Londres da VARIG, onde fiquei fixo por uns 5 meses. Londres uma cidade cheias de encantos, com seus museus e pubs, foi uma época muito boa da aviação, pena que a Varig já estava agonizando neste período.

Confesso que era tanta tecnologia embarcada, que até hoje não consegui aprender a mexer em tudo que tinha naquele avião, e sempre contava com a ajuda de colegas mais espertos, digamos assim, as poltronas da primeira classe , praticamente precisavam de um manual para mexer nelas , de tantos botões. Mas uma ótima aeronave.

 VOAR UM GRANDE LANCE. HISTÓRIAS DA AVIAÇÃO












sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

HISTÓRIAS DA VARIG - O MODERNO E NERVOSO MD - 11

Lembro-me até hoje a primeira vez que conheci este avião, ultramoderno, comparado ao DC-10, com telas menores ao longo da cabine e sistema de som individual, além do sistema de navegação na tela que não me recordo agora o nome, mas era o terror dos chefes de equipe. Fiquei fixo neste avião na rota, Londres. Mas confesso que o MD-11 não me cativou de início, achei um avião muito nervoso, com muitas tecnologias e sem mecânico de voo, o que pra mim nunca é bom.

No início da operação deste avião, alguns sustos a bordo, principalmente nos pousos, também o avião balançava muito durante o voo, enfim muito nervoso pra meu gosto, preferia o bom e velho DC-10. Voei na executiva e também na Galley da f/c que não era mole, pois tinha a cabine para atender, mas se organizando tudo se resolvia. Neste avião em Hong Kong, vivi um dos momentos mais temerosos de minha vida na aviação.

A seguir como sempre uma historinha que não vivi a bordo, mas muito comentada na aviação:

 Neste avião o descanso da tripulação técnica fica junto a Galley da executiva próximo aos banheiros, e me contaram essa história, que eu não vivi e nem consegui confirmar, mas na AFA (fofocas da aviação) diziam que ocorreu realmente, em um voo, o copila foi juntamente com o comandante para o descanso no chamado sarcófago, o comandante na (beliche) embaixo e o copila acima, porém o jovem se esqueceu de trancar o sarcófago e no meio da noite um passageiro bêbado abriu a porta e nem pensou duas vezes, urinou em cima do comandante que estava no beliche de baixo, não preciso dizer que sobrou pra todo mundo, principalmente para o copila novinho, mas lembrem-se não consegui confirmar esta história.

 

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

HISTÓRIAS DA VARIG - O MAJESTOSO DOS CÉUS O NOSSO BOEING 747

 

TEMA-CURIOSIDADES DO EQUIPAMENTO-BOEING 747–200/300 E 400-DATA ANOS 80/90/2000.

 

Um senhor avião, eu ficava deslumbrado quando entrava nele, tamanha imponência, voei muito, fui da rota, Frankfurt, Los Angeles, cheguei a ir à Nova York com ele, enfim voei muito este avião. Fui da rota, Frankfurt, um local maravilhoso Mainz com aquele hotel e o vilarejo com suas lojas, que no natal, parecia um conto de fadas, tantas luzes. Confesso que me sentia muito seguro neste avião, aliás, sempre me senti seguro em voar em aviões que tivesse Engenheiro de voo. Nunca trabalhei na econômica ou executiva deste avião, e confesso que via os colegas ralando bem, por conta dos passageiros e a executiva com aquela galley embaixo da escada com elevador, que loucura desce trolley, sobe trolley

, no início do plantão. Não preciso dizer que a local predileto era a galley da primeira classe no main deck (cabine principal de passageiros), onde não precisava servir a tripulação técnica (comandantes), mas como era novinho, sempre ia parar na galley do upper deck (segundo andar) onde além dos passageiros, tinha a cabine de comando para atender, mas tenha uma compensação, um, porta casaco enorme, em frente ao jumpseat ( assento retrátil de tripulação), que dava tranquilamente para dormir deitado dentro dele, o maior conforto, só tinha que levar uma garrafa portátil de O2, pois, em caso do avião despressurizar eu não morreria sem oxigênio. Tudo era amplo neste avião, e cheio de armários e compartimentos para guardar as coisas. Depois,nos anos 90 chegou o 747–300 e logo após o 747–400, ai a coisa ficou mais séria, um senhor avião, e uma novidade no 747–400 que fazíamos para Roma e Milão, tinha no final da classe Econômica um compartimento superior à cabine, onde ficavam 6 beliches para a tripulação de comissários dormir, não gostava muito de dormir lá, me sentia meio sufocado, mas era melhor que dormir no meio dos passageiros e pior, sentados,o famoso Sarcófago.

Onde várias vezes peguei, não sei como, passageiros folgados, usando nossa cama. Voei no Jumbo misto, com carga na parte de trás e passageiros, enfim acredito que voei todos os Jumbos da Varig. A seguir uma historinha desse avião como não poderia deixar de contar :

 

 Em um voo lotado, na classe Econômica, serviço comendo solto, naquela época a econômica tinha opção de comida quente, a gente montava os carros de quente com duas opções e saia na cabine oferecendo, me lembro de uma comissária oferecendo da seguinte forma: o Sr. Aceita carne ou massa? Uma passageira na primeira fila junto a porta 3 l perguntou que tipo de massa seria, e a comissária, não sei por que razão, foi ríspida na resposta, ¨Minha senhora, tanto faz o tipo, massa é tudo massa¨ . A reação da passageira foi impressionante, jogou a bandeja com comida e tudo pro teto e sujou todos em volta, mais ainda ela, e começou a gritar com a comissária. Não preciso dizer que a colega teve que troca de cabine, pois a passageira, estava querendo matar ela, o chefe demorou quase o restante do voo para se desculpar com a passageira, e parece que no final deu certo, não houve relatório. Lembro-me da colega agradecendo chorando ao chefe por ele ter livrado ela de um problemão.

Pois, na Varig muita coisa era tolerada, mas ofender passageiro jamais, passível de demissão.

 

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

HISTÓRIAS DA VARIG - UMA SINGELA HOMENAGEM AO COMISSÁRIO DE BORDO - NOSSO ANJO DA GUARDA NOS VOOS

 

O QUE VEM A SER UM COMISSÁRIO DE BORDO?

 

 Senhores Leitores, quem é o comissário de Bordo? O que faz? O que pensa? Enfim, tento sempre mostrar aqui no BLOG, como é o dia a dia, nos bastidores desta profissão muito importante, para a segurança dos passageiros nos voos. Nos primórdios da aviação essa profissão era pouco valorizada, as companhias aéreas procuravam somente mulheres (daí o termo que muita gente até hoje usa — AEROMOÇA), mas as dificuldades para contratações eram enormes, naquele tempo, mulher de família, jamais poderia viajar mundo afora sozinha, então as companhias começaram a procurar as moças em cabarés e locais mais suspeitos, e sempre escolhendo pelos padrões de beleza, pois segurança de voo era inexistente, nos primórdios da aviação. Com o passar dos anos, essa visão mudou e com a evolução da sociedade os homens passaram a serem aceitos na profissão, e o nome passou a ser de AEROMOÇA para COMISSÁRIOS DE BORDO, focando mais a Segurança. Permita-me publicar esta singela homenagem que um poeta, amigo e comissário da Varig, que infelizmente já nos deixou , escreveu no passado, onde mostra bem o que significa nossa profissão:

Vou fazer uma homenagem.

A quem respeito bastante.

Que se chama tripulante.

De navio, ou de avião.

Todos tem bom coração,

Comissário ou capitão.

São todos profissionais,

Comandante ou comissário!

Cumprindo o itinerário.

Da profissão escolhida.

Nem sempre reconhecida

Por quem não entende nada,

Basta dar uma bobeada.

Que a gente paga com a vida.

A tripulação de cabine,

Que se chama comissário,

É quem pinta o cenário.

Da empresa que representam;

Muitos nem pra comer sentam,

Parece que ninguém cansa!

Cuidam de velho e criança

Enquanto as mães se alimentam.

Figura descontraída.

Trata todos com paciência,

Às vezes contando experiências

Que aprendeu na aviação.

Sempre prestando a atenção,

Em tudo ao seu redor

Já sabe tudo decor,

As manhãs da profissão.

Sempre de bom humor,

Às vezes finge mais sábio

Sorriso lindo nos lábios,

Talvez por dentro chorando

Jamais, alguém sabe quando,

Que um tripulante chora

Sempre: da porta do avião pra fora!

Os problemas vão ficando

Tranquilo e sempre confiante,

Como quem não tem segredo

Sem nunca demonstrar medo,

Embora o peito tremendo.

Mas todos estão lhe vendo,

Sorrindo olhando para os lados

Ficam todos sossegados,

Pelo exemplo que estão tendo.

Tem gente que vai viajar,

Todo cheio de tensão;

Maltrata a tripulação,

Como se fossem culpados

De o céu estar nublado,

 aeroporto fechado,

É o avião que dá uma ¨pane¨!

Mas que tudo isto se dane,

O comissário: é a válvula do ¨amedrontado¨.

Alguns passageiros não sabem,

Que cada tripulante.

Sempre se esforça bastante,

Muitas vezes até se

Humilha Pajeando

pai, mãe e filha,

Sem mesmo saber que é!

Mas tripulante também é;

Ser humano e com família.

Eles são todos treinados

Para qualquer emergência,

Do incêndio, a sobrevivência,

Desde um parto, até a massagem,

Muitas vezes servem de pagem

De alguém que viaja solito;

Mas seu preço não está escrito,

Na capa de uma passagem.


AUTOR-: JOSÉ ALBERTO PAIVA FERNANDES

Livro- POESIAS CRIOULAS.

VOAR UM GRANDE LANCE. HISTÓRIAS DA AVIAÇÃO





HISTÓRIAS DA VARIG - O MODERNO E SOFISTICADO BOEING 777

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